O Projeto de pesquisa "Demarcação e Avaliação das Propriedades Físicas e Mecânicas da Madeira Juvenil e Adulta de Pinus taeda", coordenado pelo professor Hernando Alfonso Lara Palma, responsável pelo laboratório de Painéis e Qualidade da Madeira, do Departamento de Recursos Naturais da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (FCA), campus de Botucatu, com a colaboração dos Professores Carmen Marcati, do mesmo departamento, e Adriano Ballarin, do Departamento de Engenharia Rural da FCA, tem como objetivo a qualidade das madeiras de reflorestamento de uma maneira geral, com ênfase nas propriedades físicas, mecânicas e anatômicas do Pinus taeda.

O Brasil tem hoje uma área de cerca de 5 milhões de hectares de plantações de madeira de reflorestamento. Desse total, aproximadamente 2 milhões de hectares são de pinus, dos quais 46% da espécie Pinus taeda. Porém, apresar de ser uma das madeiras de reflorestamento mais plantadas no país, pouco se conhece sobre as características do Pinus taeda, o que, muitas vezes, leva ao uso inadequado da madeira.

Com os estudos, os pesquisadores esperam desvendar os valores técnicos e trazer subsídios para que as empresas produtoras processem a madeira corretamente tornando-a um produto mais rentável. Atualmente, muita gente que trabalha com pinus não tem idéia dessa possibilidade. O problema é agravado pela grande demanda de madeira na região sul e sudeste, que está exigindo a utilização de madeira mais jovem ainda. O ciclo normal de manejo é de 20 a 22 anos para o corte de madeiras destinadas à serraria.

Para o Professor Hernando, na avaliação da madeira juvenil está a chave para conhecer os segredos do Pinus taeda. "Dentre outros ensaios realizados, citam-se os de resistência e rigidez e de posse dos dados sobre as características físicas, mecânicas e anatômicas teremos uma base para que vários estudos possam ser feitos pela faculdade com relação a madeiras de reflorestamento, podendo então orientar quem produz madeira a dar a melhor destinação para cada espécie", comenta.