FAAC-Bauru mostra resultados
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Por Rodrigo B. Scanavachi |
A publicação "Mananciais sustentáveis: desenho da paisagem urbana para assentamentos de baixa renda", editada pela FAU-USP, em parceria com a University of British Columbia do Canadá, conta em suas páginas o exercício de um estudo feito para uma área de manancial da represa Billings na cidade de Santo André, envolvendo pós-graduandos e professores brasileiros e canadenses. A intervenção escolhida para o local foi peculiar. A "Charrete" revisita um termo utilizado na Escola de Belas Artes de Paris no século 19, onde era dada aos estudantes uma tarefa "impossível" que deveria ser completada em um curto espaço de tempo; o recolhimento dos trabalhos era feito por uma carroça (charrete). Hoje, o termo assume o caráter de um trabalho interdisciplinar, onde problemas complexos são combatidos de forma intensa. Participaram da "Charrete", realizada em maio de 2001 e agora publicada em uma revista especial bilíngüe, as professoras Norma Regina Constantino e Marta Enokibara, ambas do Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp (FAAC), campus de Bauru. "O evento fez parte de nosso doutorado na FAU. Ficamos imersos uma semana nesse trabalho", comenta Norma. O local escolhido para o exercício foi a favela Pintassilgo, localizada na região da represa Billings em Santo André. "Foram formuladas e encaminhadas para a prefeitura local quatro propostas de desenvolvimento sustentável para a área", atenta Norma. As propostas foram estruturadas em três tópicos: manutenção da integridade da área de proteção do manancial; restabelecimento da região e da paisagem e melhoria da qualidade de vida da comunidade. Norma ressalta que embora o projeto tenha sido feito para uma região específica, os conceitos elaborados podem ser transferidos para outras comunidades: "Os resultados obtidos servem com fonte pra outros estudos e intervenções. A publicação vem, nesse sentido, auxiliar a divulgação do que foi feito, especialmente nesse momento onde a arquitetura se volta cada vez mais para as questões do meio ambiente", conclui. |
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