Projeto
da FC-Bauru beneficia crianças carentes
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Em função das diferentes camadas sociais, cada vez mais as crianças são levadas para creches e berçários desde o seu nascimento. E esses locais, portanto, passam a atuar como um espaço fundamental ao desenvolvimento infantil. Com esse pensamento, as docentes doutoras Olga Maria Piazentin Rolim Rodrigues e Lígia Ebner Melchiori, ambas do departamento de Psicologia e do Centro de Psicologia Aplicada da FC-Bauru, estão realizando um projeto de extensão dirigido ao acompanhamento do desenvolvimento de crianças de creches municipais nos dois primeiros anos de vida. As pesquisadoras acompanham o desenvolvimento dos bebês de zero a dois anos que freqüentam as 11 creches municipais de Bauru, somando 114 crianças nessa faixa etária. Atualmente, 14 crianças estão sendo observadas. Será oferecida orientação às atendentes e aos pais, com o encaminhamento para serviços especializados, caso sejam identificados atrasos importantes no desenvolvimento dessas crianças. "O projeto se caracteriza como um serviço preventivo que possibilita a identificação precoce de atrasos no raciocínio ou de outros fatores que poderão ser minimizados", explica Olga Rodrigues. Para este projeto, está sendo utilizada uma escala de desenvolvimento padronizada no Brasil por outros pesquisadores, apesar de existirem vários tipos de escalas. A que está em uso é a de desenvolvimento do comportamento da criança nos dois primeiros anos de vida, padronizada no ano de 1997. "Essa pesquisa é uma avaliação do desenvolvimento cognitivo de como a criança compreende e responde ao meio ambiente dela, estímulos auditivos, visuais e ao desenvolvimento social para com outras pessoas, tanto para os adultos significativos como para os estranhos", enfatiza Lígia Ebner Melchiori. O projeto também visa o desenvolvimento de linguagem, ou seja, como a criança usa a fala e a construção do seu pensamento. Como exemplo, Olga destaca crianças quando estão com fome e próximo aos 10 meses de vida que já pedem a mamadeira ao visualizarem o objeto. "Elas sabem o que é uma mamadeira es se estão com fomes elas têm de falar a palavra 'mamá' para resolver essa questão", aponta. As pesquisadoras querem monitorar a população que freqüentam essas creches, que geralmente são de baixa renda, a fim de detectarem os problemas de aprendizagem quando chegam no período de escolaridade. "Nossa intenção, em longo prazo, é verificar a partir de quando começam os problemas, fazendo um acompanhamento de zero até seis anos de idade", ressalta a pesquisadora. Atualmente, 14 alunos estão estudando psicologia do desenvolvimento, observando, aprendendo com as atendentes e ensinando novas técnicas a essas profissionais, apesar de não receberem nenhum incentivo, como bolsas, passes de ônibus. Segundo a professora Olga, é uma oportunidade ímpar de desenvolver pesquisa dentro da realidade, o que configura verdadeiramente o projeto de extensão, apesar dos recursos escassos. "Nesse ano, crianças do ano passado serão novamente testadas e o acompanhamento será feito todo mês, em função do desenvolvimento individual de cada bebê. O projeto é estritamente preventivo e outros pontos estão sendo detectados nesse período de desenvolvimento em benefício das camadas sociais menos privilegiadas", finaliza Olga Rodrigues. A Clínica de Psicologia Aplicada - C.P.A. está localizada no Câmpus da Unesp/Bauru na Av. Engº Luiz Edmundo C. Coube, s/n - Vargem Limpa. Para mais detalhes, sobre o projeto e com as pesquisadoras, os telefones para contato com o CPA são: (14) 221-60.90 e 221-60.91. |
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